Entrevista Sobre o Lixão Clandestino
Hoje trazemos uma matéria urgente sobre um problema que tem afetado seriamente a região da Arroio Pavuna: o lixão clandestino. Já abordamos esse assunto anteriormente em nossos posts no Instagram e blog, e agora o repórter Rael, do Balanço Geral, foi até o Rio2 para uma entrevista exclusiva com Helaine Ferreira, responsável pelo FalaRio2, e vizinhos que sofrem diretamente as consequências desse lixão.
Flagra no Dia Anterior
No dia 18/05/2023, Rael adentrou a região para trazer à tona a gravidade dessa situação, que se mostra ainda mais preocupante do que imaginávamos. Antes de prosseguirmos com os depoimentos dos moradores, vamos analisar a nota emitida pela Comlurb, que gerou intensa discussão entre as autoridades competentes.
A produção do Balanço Geral acionou a prefeitura do Rio de Janeiro, que orientou a entrar em contato com a subprefeitura de Jacarepaguá. Por uma curiosa coincidência, a nota enviada pela subprefeitura de Jacarepaguá foi a mesma divulgada pela Conurb no dia anterior. Posteriormente, a Comlurb emitiu outra nota, diferente das anteriores, buscando responder ao questionamento sobre a presença de seus funcionários no lixão clandestino.
Nota da Comlurb
De acordo com a nota da Comlurb, o local mostrado na reportagem funciona como ponto crítico de descarte irregular utilizado por carroceiros clandestinos. A empresa alega realizar a remoção do material regularmente, encaminhando-o para um destino final adequado. No entanto, essa explicação levanta dúvidas e suscita questionamentos sobre a frequência real da coleta, uma vez que, se fosse feita de forma regular, o lixão não teria atingido as proporções alarmantes que vemos hoje.
A Entrevista
Rael também conversou com Helaine Ferreira, empresária e responsável por uma página dedicada aos moradores, o FalaRio2.
A reclamação é antiga e tem trazido muitas dores de cabeça para eles. Helaine relata que diariamente recebe mais de 30 mensagens de moradores preocupados, descrevendo o incômodo causado pela fumaça tóxica.
Alguns relatam até mesmo crises alérgicas e problemas respiratórios, tornando a situação desesperadora.
A situação vai além das queimadas e do simples descarte de lixo. Há muito mais em jogo.
Conforme destacado por especialistas em segurança pública, o grande problema tem sua origem nas ocupações desordenadas provenientes da Cidade de Deus, que vêm se expandindo de forma acelerada. Essas ocupações desencadeiam a formação de lixões, que servem como compactadores do solo, permitindo novas ocupações.
Com isso, a criminalidade aumenta, o narcotráfico se instala e a desvalorização imobiliária se torna uma realidade cada vez mais presente.
Não é apenas fumaça que paira no ar; é uma situação que envolve interesses financeiros obscuros. Estamos lidando com verdadeiros criminosos que montaram empresas para lucrar com essa situação, invadindo a área e despejando lixo de maneira clandestina. É necessária uma investigação rigorosa para descobrir quem está envolvido nessa rede, recebendo lixo de restaurantes, supermercados e até mesmo de hospitais e clínicas. Há denúncias até mesmo de corpos sendo despejados no local, algo extremamente grave e inaceitável.
Esse fato explica o silêncio das autoridades diante da gravidade do problema. Precisamos cobrar uma investigação aprofundada, que desvende toda essa teia criminosa. Não basta apenas mencionar as queimadas e a presença de fumaça; estamos diante de um crime lucrativo, no qual indivíduos inescrupulosos estão faturando milhões por meio de lixões clandestinos em todo o estado do Rio de Janeiro.
Nossa reportagem está em contato constante com os órgãos responsáveis, buscando soluções efetivas para resolver essa questão de maneira imediata. Em nossa próxima visita à região, iremos conferir de perto a situação atual do lixão e trazer mais atualizações sobre os esforços empreendidos para enfrentar esse problema.
É importante ressaltar que não podemos mais tolerar o descaso e a indiferença por parte das autoridades. Nossa indignação é legítima, e é hora de agir. Exigimos uma mudança imediata e efetiva, para o bem-estar dos moradores afetados e de toda a comunidade.
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